quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Lucro para além dos números. PLR: Recordar é fundamental para entender...



O lucro, segundo Karl Marx e resumidamente falando, é a força de trabalho explorada pelo(s) dono(s) do(s) meio(s) de produção ao ficarem com o “maior valor” da produção para si (daí o termo mais-valia). Entenda-se “meios de produção” como, a terra, a fábrica e etc. De fato constitui, dentro desta visão, o lucro como sendo produto da exploração dos capitalistas donos das propriedades privadas dos meios de produção, sobre a classe trabalhadora de fato a classe produtora, pois é dela que surge como força de trabalho (intelectual e física) a qual de fato produz.

Bem, discutir “participação nos lucros e resultados” significa por um lado “entrar no jogo” da exploração e por outro recuperar parte do que a princípio sempre foi nosso: o lucro. Essa é uma contradição inerente à sociedade em que vivemos: Por um lado o capital cria o mito de “solidariedade” com o lucro e a produção ao mesmo tempo em que nos aliena dela e de seu uso social.

Muito melhor seria se a PLR fosse incorporado ao salário, pois a empresa usa a PLR como política de remuneração variável, vide o crescimento desta componente (PLR) na equação de nossa remuneração.

Outro mito: diversos companheiros dizem que a Petrobrás “deu” este adiantamento. Bem esta é uma visão contrária à realidade, pois ninguém pode dar o que não é seu. Na verdade trata-se da velha e intrínseca luta entre capital X trabalho onde está na vez de jogar da empresa. Assim ela movimenta uma peça no tabuleiro da luta de classes, tal movimento pode significar uma tentativa dela recompor sua moral perante a categoria que amargou um aumento salarial abaixo das obtidas por diversas categorias no Brasil. Esse jogo está ligado ao trauma que ela própria (Petrobrás) gerou, no início de 2009 quando teve a desfaçatez de publicamente afirmar que “não havia” informado o mês do dia 10 que ela iria adiantar a PLR. Recordar é viver: No fechamento do ACT de 2008, a Petrobrás a firmou em suas circulares que povoaram nossas caixas de correios (afinal só ela pode usar desse expediente, nos sendo proibido fazer o mesmo) que caso fosse fechado o acordo ela adiantaria “parte da PLR no dia 10”. Assim, quando o dia 10 de janeiro de 2009 chegou e se confirmou o não pagamento, a categoria mergulhou numa queda de braço com a empresa e que culminou com uma greve. A greve ocorreu não só pela “pegadinha” que a Petrobrás promoveu para com seus e suas trabalhadores/as. A segurança e saúde foram pontos ‘mobilizadores’ muito mais importantes naquele processo. Enfim, naquela ocasião ‘ela’ (a Petrobrás) de alguma maneira sentiu a reação da categoria contra o não pagamento do adiantamento no mês “pseudo-prometido”*, arranhando um pouco o “verniz”que reveste a sua imagem interna, verniz metódica e precisamente pintado a fim de amenizar as tensões inerentes a relação capital X trabalho. Lembremos ainda dois prováveis motivos que a fez se comportar daquela maneira naquela ocasião: Falta de liquidez no mercado, despencando as bolsas de todo o mundo em decorrência do cenário de crise (e que ainda hoje está presente em nosso horizonte, não se iludam), bem como objetivo de fechar um ACT 2008 rebaixado que garantisse um crescimento na margem de lucros e exploração sobre a categoria já estava no início de 2009 momentaneamente atingido com a aprovação do ACT 2008.

Essa história é importante para irmos as assembléias na próxima semana conscientes de que a proposta de adiantamento atualmente apresentada não condiciona o valor final nem sua forma de distribuição não trazendo amarras ao processo, embora embute o pagamento da outra parcela para daqui a seis (6) meses, segundo determina a legislação e normas. Isso leva a decisão do valor final da PLR para data próxima a nossa data base (Julho: previsão de pagamento da segunda parcela e início da campanha eleitoral; Agosto: data-base.), e se não houver uma direção sindical comprometida com os trabalhadores bem como uma massa de colegas conscientes deste processo, a categoria cairá na armadilha de empurrar a decisão do ACT para o final do ano, estes dois momentos irão se confundir favorecendo os patrões, ainda mais por se tratar de um ano eleitoral que contamina toda a realidade objetiva, infelizmente.

Gostaria de aproveitar o ensejo para agradecer a participação de todos e todas em nossos debates, reuniões de locais de trabalho, assembléias, atos, ‘blogue’ e afins. Ano que vêm, nós que participamos e empolgamos as reuniões do Local de Trabalho de Imbetiba (O.L.T.), poderemos ser um grande ponto de virada na vida de nossa relação de trabalho e organização de trabalhadores no sentido de influenciar mais nos processos que ocorrerão no próximo ano radicalizando a democracia nas esferas da participação dos trabalhadores e trabalhadoras no movimento sindical real, vivo e empolgante e que debata ainda as grandes questões nacionais sobre a luta e a organização autônoma dos trabalhadores/as.

Gostaria ainda de desejar a todos e todas um bom Natal e um ótimo ano novo de muita luta, muita consciência e claro de muitas vitórias para todos e todas!

Saudações sindicais e socialistas a todos e todas,

Leonardo Esteves da Silva – “Mosquito” –
Téc. Químico de Petróleo Jr.
INTERSINDICAL
FNP-NF
PSoL-Macaé/RJ

ps - Data a Assembléia da base de Imbetiba: Portaria da Praia campista, terça-feira, dia 29/12, às 13 horas.

* - “Pseudo-prometido” - pois de fato a empresa não prometeu pagar o adiantamento da PLR 2008 no mês de janeiro de 2009, usando precisamente o que foi escrito por ela própria como argumento de desculpa para afirmar isso, porém com diversas ajudas (sindicais inclusive) ao final do ACT 2008, ela criou boatos e um “clima” de “já ganhou” que induziu a categoria a acreditar que ela faria tal pagamento em Janeiro de 2010. Lembro que comentei isso na assembléia final de 2008 na portaria da Praia Campista: “Não acreditem” falei na ocasião assim como votei quase que sozinho (houve um ou dois colegas que me acompanharam) pela rejeição da proposta de ACT de 2008.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Repudiar a campanha de terror ao movimento camponês!


Brasileiros e Brasileiras, Companheiras e Companheiros Esta e a realidade em que vivemos não acontece somente em outros paises mais neste, aqui em nosso país , Latifundários , Assassinos, Tutelados pelo Estado e Governos Estaduais Brasileiros assassinam impunemente a luz do dia homens e mulheres , como nós feitos de carne, ossos, emoções e paixões cujo crime é o de amor a humanidade , a vida e a liberdade que dedicam suas vidas a organizacao dos camponeses em sua luta por terras e a revolução agrária que tem que acontecer para distibuição de todas as terras aos camponeses pobres deste país.

Nós que formamos a Comissão de Base de Imbetiba Repudiamos esta barbárie , estes Crimes contra a Humanidade e Auto Organização dos Povos.

Em Defesa da Vida e da Liberdade!

Abaixo o Latifúndio!

Chega de mortes de trabalhadores sem-terra!
PCO convoca todos ao ato nacional contra o assassinato dos sem-terra e suas lideranças e pelo direito à autodefesa dos sem-terra

Todos ao ato pela punição aos assassinos do companheiro Luiz Lopes, de Machado Silva, Gilson Gonçalves e de inúmeras outras lideranças dos sem-terra assassinadas pelas milícias do latifúndio

15 de dezembro de 2009

O Partido da Causa Operária irá realizar junto a outras organizações como a Liga dos Camponeses Pobres e a Liga Operária um ato nacional pela punição dos assassinos dos sem-terra assassinados este ano e pelo direito à autodefesa dos camponeses pobres.

O ato é convocado para denunciar o assassinato noticiado na última semana, de mais duas lideranças da Liga dos Camponeses Pobres do estado de Rondônia Machado Silva, mais conhecido como “Sabiá” e Gilson Gonçalves, cujos corpos foram encontrados no último dia 9, à beira de um rio na cidade de Buritis, com vários tiros e marcas de espancamento e tortura. Os companheiros, que coordenavam as famílias sem-terra do acampamento de Rio Alto próximo daquele município, estavam desaparecidos desde o dia 5 de dezembro.

No mesmo dia do desaparecimento de Gilson e “Sabiá”, outra liderança dos sem-terra, no estado de Pernambuco, Josevaldo Fonseca Fontes Júnior, o “Capitão”, liderança de apenas 20 anos do acampamento Vacaria, próximo a Recife, foi assassinado brutalmente com várias facadas no rosto.

Este ano, em Pernambuco, três companheiros do MST, Alceu Ferreira dos Santos, Paulo Alves Cursino e Severino Alves da Silva, da cidade de São Joaquim do Monte, que participaram de ação em que os sem-terra se defenderam de jagunços armados na entrada de um acampamento, atirando nestes em defesa de suas famílias, estão presos até hoje em um processo draconiano, provando que a justiça não dá a estes trabalhadores o que é um direito fundamental dado a qualquer cidadão, o direito à autodefesa.

Só neste ano foram dezenas de casos de lideranças assassinadas impunemente pela ação das milícias dos latifundiários, como o companheiro Luiz Lopes, da Liga dos Camponeses Pobres do estado do Pará.

O corpo de Luiz Lopes, coordenador da Liga de Camponeses Pobres do Pará-Tocantins, foi encontrado em 15 de junho com diversos tiros.

Desde 2007 no Pará, sob o governo de Ana Júlia Carepa do PT, já são 13 assassinatos, somente os assassinatos das lideranças da LCP.

Luiz Lopes, juntamente com as lideranças da Liga dos Camponeses Pobres de diversos locais do País participaram ativamente das últimas duas edições do ato independente de primeiro de maio, realizado pelo Partido da Causa Operária em conjunto com outras organizações.

Continuidade de uma campanha nacional

Desde 2008, o Partido da Causa Operária realiza em uma frente junto a estas organizações, o ato primeiro de maio independente conjunto tendo como reivindicação central o fim do massacre aos trabalhadores sem-terra. Estes atos se iniciaram depois que em 2008 o PCO realizou uma ampla campanha de denúncias contra a imprensa burguesa mais venal, representada pela revista Istoé, que realizou uma ampla campanha de calúnias pedindo a cabeça das lideranças da LCP em Rondônia.

Em 2008 o PCO realizou por meio de reportagens, de sua imprensa escrita e na internet e de palestras realizadas conjuntamente com os companheiros de Rondônia em diversas universidades pelo País, (USP, Unesp, UFMG, Unifesp, entre outras) uma campanha nacional, que foi continuada este ano com o ato de Primeiro de Maio, a colagem de cartazes e a continuidade da denúncia na imprensa dos acontecimentos em Rondônia e no País.

Desde o início da campanha, denunciamos a perseguição às lideranças, que foram assassinadas e que sofreram atentados, como o companheiro José Fonseca, mais conhecido por, Pelé, um dos fundadores da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, baleado no dia 17 de março por jagunços no município de Cujubim, no acampamento João Batista, onde coordena acampamentos e assentamentos de centenas de famílias de trabalhadores sem-terra.

Contra a ofensiva da direita assassina

Enquanto no Congresso Nacional a direita em acordo com o governo Lula realiza uma ampla ofensiva ideológica contra o MST, os latifundiários no campo se utilizam desta campanha para intensificar o massacre aos sem-terra.

O Conselho Nacional de Justiça, presidido pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, iniciou desde a última semana, nos estados do Pará, Rondônia e Acre, um chamado “mutirão fundiário” para, segundo o governo, iniciar a agilização da “reintegração de posse” de centenas de áreas de assentamentos e acampamentos.

Gilmar Mendes é uma figura de proa pela repressão aos trabalhadores sem-terra tendo feito diversas declarações à imprensa reivindicando a repressão e punição aos sem-terra.

"O financiamento público de movimentos que cometem atos ilícitos é ilegal, é ilegítimo", disse. "No Estado de Direito, todos estão submetidos à lei. Não há soberano. Se alguém pode invadir sem autorização judicial, ele se torna soberano, logo está num quadro de ilicitude", disse em declaração ao jornal Folha de S. Paulo, no dia 26 de fevereiro deste ano, sobre a abertura da CPI do MST.

Segundo o próprio governo o mutirão teria a função de “agilizar o processo de reintegração de posse e tentar solucionar os conflitos no campo por mediação e conciliação, sem que os casos precisem chegar à Justiça” (Agência Brasil, 4/12/2009), ou seja, se trata da tentativa de impor um estado de Exceção, passando inclusive por cima da justiça para que meia dúzia de juízes biônicos indicados pelo governo coordenem o massacre.

Não surpreende a tentativa de impor uma ditadura acabada no campo tendo em vista que os mesmos que impulsionam a medida são os partidos provindos da ditadura militar.

Este mutirão está sendo realizado depois que o DEM entrou com pedido no STF de ação contra o governo do Pará para que este reintegrasse pelo menos 100 áreas, ou seja, está sendo organizado um massacre no campo, ainda pior que o já realizado pelo governo do PT, assassino de Luiz Lopes e de dezenas de companheiros no Pará e mais dezenas em todo o País.

Por uma ampla campanha nacional contra a ofensiva do latifúndio

Coloca-se na ordem do dia para barrar esta ofensiva da direita assassina no País, uma ampla campanha nacional contra a ofensiva dos latifundiários no campo, contra o massacre aos trabalhadores sem-terra, pela punição aos assassinos dos sem-terra, pela libertação de todos os companheiros presos políticos da luta pela terra e uma campanha central pelo direito à autodefesa dos sem-terra.

O ato convocado pelo PCO é também um chamado a todas as organizações sindicais e de luta em defesa dos trabalhadores no campo contra a ofensiva da direita contra os sem-terra.

Por comitês de mobilização independentes em defesa dos trabalhadores sem-terra contra a ofensiva da direita e dos latifundiários!

Pela punição aos assassinos dos sem-terra! Punição aos assassinos de Élcio Machado, Gilson Gonçalves, Luiz Lopes e todas as lideranças da Liga dos Camponeses Pobres!

Libertação de todos os presos políticos da luta pela terra!

Abaixo a Operação Arco de Fogo e todas as operações perpetradas pelo latifúndio!

Pelo direito à autodefesa dos sem-terra!

Revolução Agrária, com distribuição de todas as terras entre os camponeses pobres e a expropriação total dos latifundiários, sem qualquer

sábado, 5 de dezembro de 2009

TRUCULÊNCIA E ILEGALIDADE NA DEMISSÃO DE LENINHA

TODO APOIO A COMPANHEIRA LENINHA
A COMPANHEIRA LENINHA ESTÁ NESTE INSTANTE ACORRENTADA E EM GREVE DE FOME NA PITUBA desde 02/12/2009.
Solicito divulgação das entidades
Informada pela FNP e pelo meu sindicato sobre a argumentação da empresa estar sustentada em um suposto abandono de emprego, fui orientada a escrever para ilustrar cronologicamente as ocorrências depois da alta médica ilegal praticada pelo INSS a revelia dos meus médicos assistentes.
Alta programada para 30.08.09
Passei por perícia e junta médica em 01 e 03.09.09 ambos indeferiram a continuidade do benefício.
Dia 4 uma sexta, faltei sem condições emocionais de comparecer, segunda foi feriado (07.09), me apresentei dia 08.09 fui a uma junta médica composta por tres médicas da empresa que mesmo diante de relatórios atestando incapacidade por doenças graves, me consideraram apta para retorno.
Me apresentei ao Gerente imediato que me orientou a folgar de terça a sexta (08 a 11.09) pois iria providenciar me acomodar e definir atividades. Também tinha encaminhamento para exames médicos de retorno que somente realizei a parte laboratorial, pois meu médico reumatologista contra indicou o teste ergonômico por causa da destruição de músculos (miopatia) era um só pacote e não realizei para remarcar.
Me apresentei após o final de semana conforme o combinado e trabalhei de 14 a 18.09.09 recorrendo a repouso no leito do serviço médico nos momentos de dor muscular insuportável e fadiga extrema. Dormia e retornava ao posto de serviço. Dia 17.09.09 me impedriam de ser atendida para o repouso em momento de grave crise pela ausência de assinatura do gerente na Requisição ao serviço Médico (RSM), me deitei a revelia pois não tinha condições de andar. Me assediaram para levantar do leito, recusei e somente quando liguei para o celular do gerente para indicar que ele fizesse uma RSM eletrônica me deixaram repousar, na saída me assustei com 4 vigilantes com roupa de combate e fortemente armados na porta do setor de saúde, ainda voltei para a estação de trabalho e trabalhei mais um pouco. Dia 18 para evitar novo constrangimento trabalhei direto sem repouso com dores intensas, nesse dia tive autorizado meu acesso a rede corporativa com reativação da minha chave.
Durante esse período de trabalho fui encarregada de analisar os contratos de 11 sondas contratadas para verificação e parecer sobre requisitos de SMS, também foi solicitado meu parecer sobre o cardápio que estava sendo alvo de muitas críticas dos operários. Sobre os dois temas dei parecer parcial com sugestões criticas e proposição de encaminhamentos. Tenho comprovação.
Durante o final de semana piorei sensivelmente e ao telefonar para meus médicos fui orientada a me afastar pois já exibia inúmeras manchas rôxas nos dois membros inferiores.
Na segunda dia 21 estive com uma das me dicas assistentes e dia 24 com outro que realizou um exame e solicitou que eu retornasse no dia 29, quando ele teria o resultado e um relatório. Ambos me proibiram de trabalhar pois havia riscos na minha integridade física. Estive no CESAT (Centro de estudos da saúde do trabalhador - estadual) e o Médico que estava investigando uma das doenças emitiu CAT com afastamento por 90 dias desde o ultimo dia trabalhado (18.09).
Dia 29.09.09 me apresentei para homologar os atestados, relatórios e CAT com afastamento. fui atendida por dois médicos do trabalho na empresa (gravei toda a conversa) e os dois diante da gravidade dos relatórios que incluia indicação de repouso em leito, atestaram o recebimento para encaminhamento de pedido de benefício ao INSS (acidente de trabalho).
Passados 15 dias de espera não fui contactada para informação de data de perícia, fui a empresa e constatei que o encaminhamento do documento previdenciário havia sido sonegado. Escrevi para meu gerente pedindo que verificasse o que estava ocorrendo com minha frequência. Para minha surpresa ele me respondeu convocando para trabalhar pois o Serviço Médico havia informado que não me considerava incacapacitada.
Dia 18.10.09 ingressei com um pedido de benefício através da internet e comuniquei ao meu gerente que a perícia estava agendada para 24.10.09, primeiro dia disponível.
Durante todo o período enviei correspondência para meu gerente justificando a ausência e afirmado meu desejo de retornar após o tratamento.
Estive na empresa ainda dias 06 e 20.10 para as providencias da compra dos medicamentos pois estava havendo mudança no fornecedor, sendo que em 20.10 permaneci durante várias horas com autorização do meu gerente (RSM) atendida em acompanhamento no serviço médico da empresa. Foi aproximadamente um turno inteiro existe o registro de entrada e saída no sistema da empresa. Sobre o atendimento do dia 06.10, tenho um relatório de médica do trabalho descrevendo meu estado de saúde com o registro das manchas roxas e lesões de pele.
Dia 20.10 a empresa comprou meus medicamentos, tenho a NF.
Dia 24 após ser informada que a empresa não custearia meu exame em São Paulo, apenas havendo marcado com autorização para realizar em caráter de pequeno risco, mas tudo foi marcado pela empresa, tenho email do gerente com as informações, resolvi ir para o RJ protestar para defesa da minha vida e da AMS que estava sendo usada pela empresa para custeio de doença ocupacional. protestei dias 5 e 6 acorrentada, fui demitida por email dia 9, protestei no caixão em várias bases denunciando a politica de RH referente a SMS e AMS.
DEMISSÃO ILEGAL:
Ninguém pode ser demitido doente, nem por justa causa
Não houve abandono de emprego pois informei várias vezes que estava afastada legalmente atestado por médico do trabalho da empresa e aguardando perícia previdenciária
Estive a disposição da empresa dentro das dependências pela ultima vez, em atendimento médico dia 20.09.09 nesse dia a empresa me forneceu medicamentos da doença ocupacional.
A empresa criminosamente sonegou encaminhamento de documento previdenciário emitido por médico do estado e fez juízo de valor sobre os relatórios que indicavam meu estado de deonça e afastamento.
Fui demitida sem receber nenhum telegrama de convocação e a demissão foi efetuada por email.
Todas as cláusulas da demissão são insustentáveis, o abandono de emprego é mentiroso. Tenho todos os comprovantes que derrubam essas ilegalidades.
obs.: Meu Gerente imediato não é assediador, é um profissional muito correto e justo, o gerente que me demitiu nunca sequer me viu pessoalmente.
Sds,
Edilene Farias de Oliveira

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Carta Aberta da Organização do Local de Trabalho de Imbetiba aos Trabalhadores Embarcados, de Parque de Tubos e Cabiúnas

Carta Aberta da Organização do Local de Trabalho de Imbetiba

aos Trabalhadores Embarcados, de Parque de Tubos e Cabiúnas

Caros companheiros e companheiras, no dia 02/12/2009, dezenas de trabalhadores reunidos na sede de Imbetiba, na portaria da Praia Campista, após sermos proibidos, assediados e ameaçados, caso realizássemos tal reunião nas dependências da empresa, como já havíamos feito no dia 30/11, segunda-feira dentro das instalações de Imbetiba (em frente ao prédio Ferradaes), avaliamos a 4ª contra-proposta da empresa para a nossa categoria bem como a conjuntura que nos levou termos uma campanha que se arrasta até o presente mês de dezembro, quase 4 meses após a data-base e do dissídio coletivo. Assim, decidimos por ampla maioria elaborar esta CARTA ABERTA aos trabalhadores e trabalhadoras da Bacia de Campos. Decidimos também por ampla maioria, que a proposta, mesmo a despeito da retirada das punições e com pequenos avanços ainda é INSUFICIENTE para atender aos nossos pleitos, anseios e esperanças, acumulados nos últimos anos. Ainda mais por se tratar de um ano onde as questões ditas: “sociais” estão em disputa! Portanto indicamos aos demais companheiros e companheiras que rejeitem esta contra-proposta, votando CONTRA o indicativo do Sindipetro-NF, pois entendemos que tática da empresa é desgastar a categoria pelo aperto econômico usual de fim de ano, mas também por que:

- Caso aceito, tal proposta trará no horizonte das próximas mobilizações e reivindicações, ACTs e etc o método da PUNIÇÃO como estratégia da empresa para disseminar o medo e enfraquecer nossa luta por mais e melhores condições de trabalho, direitos e salários, levando a categoria a aprovação de propostas rebaixadas. Precisamos denunciar e repelir esta política nefasta de repressão do RH, mas não deixar que se transforme em moeda de barganha

- A 4ª Proposta da empresa é na realidade a terceira, simplesmente com a retirada das punições da BACIA de CAMPOS. Entendemos que essa retirada é fundamental e constitui um avanço, mas devemos reivindicar a retirada de TODAS as punições praticadas pela empresa no último período. Nisso se incluem a demissão de companheiros/as, ocorrido em outras bases da FUP, por ela própria anunciada, bem como o desconto dos dias parados nas greves e paralisações ocorridos fora do período de março e em outras bases sindicais não ligadas a FUP. Todas essas outras perseguições e punições NÃO estão sendo removidos completamente, logo contrariando a própria resolução da plenária da FUP ocorrida este ano no Paraná. A questão piora quando verificamos que está sendo indicado pela nossa direção sindical, o aceite da proposta, desconsiderando os processos de perseguições e humilhações como, por exemplo, os cursos para “grevistas” que vem ocorrendo toda a semana em Macaé, os quais sujeitam trabalhadores ativistas da última greve a arcar com as despesas de estadia na cidade, obrigando-os a assistir cursos morosos, entediantes de “leitura de padrões” e “normas”. Novamente não há nada afirmado por escrito sobre o compromisso da empresa em não praticar novas punições decorrentes das mobilizações de toda a categoria até a presente data, tal como a vigília em Cabiúnas, e nossa mobilização desta semana em Imbetiba, bem como as operações-padrões e ações ocorridos nas plataformas da Bacia de Campos e em outras bases sindicais petroleiras do Brasil. Como no final da última greve, a empresa poderá esperar oportunistamente um outro momento para praticá-las, se não houver um acordo por escrito.

- Refutamos as afirmações direção do Sindipetro-NF de que não há possibilidade de realizarmos ainda neste período uma greve vitoriosa que arranque melhores propostas. Não é uma questão de “responsabilidade ou de irresponsabilidade”, é uma questão de vontade política em superar as dificuldades com coragem e obstinação, tão ausentes na maioria de nossas atuais lideranças. Efetivamente o aumento da RMNR, NÃO significa que haja GANHO REAL como propagandeia o RH da Petrobrás e a direção sindical aceita isso sem maiores explanações! Pensamos que há um viés economicista no aceite da proposta por parte da direção, quando esta direção não explica as conseqüências nefastas de substituir nosso salário base por um aumento em um adicional e não no salário base. Esse fator não é menor nesta campanha: Ao não incidir um ganho real no salário base a parte “volátil” de nossos salários cresce a cada ano, fragiliza nossos direitos, discrimina os aposentados evitando que seus rendimentos também aumentem, não entra nos cálculos para a aposentadoria, previdência, FGTS e trará problemas no futuro, apesar de ser taxado no Imposto de Renda! Essa tem sido a tática da empresa para economizar com os custos da mão de obra: tratar de forma desigual e combinada os salários, não repassando os aumentos aos aposentados e evitando que os adicionais calculados sobre o salário base se elevem igualmente. Lembremos que um dia esperamos também nos aposentarmos dignamente, não debater isso é imediatismo. Não expor isso claramente a categoria é sonegar informações e orientações preciosas, quando da avaliação da proposta. Logo, achamos inaceitável essa postura omissa neste momento, no debate de nosso ACT;

- A licença maternidade não é de 180 dias como propagandeado! As companheiras gestantes deverão no primeiro mês solicitar a prorrogação da licença! Isso revela toda a mesquinharia da empresa e a total ignorância da direção do Sindipetro e da FUP para a questão das mulheres trabalhadoras: Caso a gravidez apresente complicações como a mulher irá solicitar até o primeiro mês a prorrogação deste direito, tal como está escrito na proposta? Isso fará com que as companheiras sofram assédios da gerência para serem “solidárias” e rejeitarem os dois meses de prorrogação. Caso contrário o GD irá pesar! Não sejamos ingênuos;

- Não somos mercadoria! Logo nossa vida é preciosa e não tem preço. Nada avança concretamente nas questões de segurança nos locais de trabalho, a empresa não revela nenhum plano de investimentos nesta área e pior, ataca as CIPAs e os Cipistas eleitos pelos trabalhadores;

- A direção sindical atual tem tido nos últimos debates, uma enorme habilidade em dizer que a crítica que nós da organização do local de trabalho de Imbetiba fazemos é a organização e a crítica da oposição, a crítica do partido político A ou B, sem jamais impulsionarem e / ou construírem as organizações por locais de trabalho, outro item repetidamente aprovado nos seminários de greve. Isso não é um erro. Isso é um método: Centralizar ao máximo o poder de decisão nas mãos da direção sindical, sob a desculpa de terem sido eleitos, sob a desculpa de serem atacados pela empresa, defendendo cada vez mais uma concepção atrasada de movimento ligada a concepção da democracia representativa, ao invés da democracia direta ou democracia operária.

- Por fim, e com a maior “cara de pau” atribuem ao Lula, a responsabilidade da retirada das punições. Precisam disso para disfarçar que foi exatamente neste governo que as punições foram praticadas. Quando o governo opta por governar e não transformar profundamente a realidade objetiva, transforma a Petrobrás num balcão de negócios da política escusa brasileira, acomodando os diversos “aliados” e antigos “inimigos” com o objetivo de se perpetuar no poder, o que difere de “transformar o poder”. Ao fazer isso, os setores mais truculentos sentem-se à vontade para atacar as lideranças emergentes. E se essa liberdade se transformar em bode-expiatório para rebaixar um ACT, melhor ainda, para elles. A Dilma Roussef e o Lula são também os nossos patrões. Punições e perseguições aos moldes da ditadura, e do nefasto governo FHC, nada tem a ver com a transformação da empresa em direção aos anseios dos trabalhadores.

Um convite à ousadia: Organize em seu local de trabalho comissões ou organizações dos locais de trabalho. Somente assim as demandas específicas serão atacadas de frente, como a nossa reivindicação por transporte gratuito para a base Imbetiba e contra os desvios de funções, reforçando a direção sindical para quando necessário for a luta por nossos direitos. Não somos inimigos da direção sindical, pois nossas críticas aqui presente são sinceras. Não somos ex-sindicalistas que viraram gerentes! Estes sim cumprem agora mais claramente o papel de nossos inimigos.

Organização do Local de Trabalho de Imbetiba, dezembro de 2009


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Estamos em greve! Mais de 600 na RPBC e sucesso em sindicatos da FNP.




Estamos em greve! Mais de 600 na RPBC e sucesso em sindicatos da FNP


Desde as 4h da madrugada, diretores do Sindipetro-LP fazem guarda na porta da RPBC. 80% da Administração e 100% do grupo 5 não entraram para trabalhar na manhã de hoje na Refinaria. Mais de 600 pessoas ficaram até às 8h30 no portão para mostrar à empresa sua indignação com a campanha do Acordo Coletivo, quando cinco ônibus os levaram para casa. Em São Sebastião, o TEBAR teve também 100% do turno parado.

Nacionalmente, a FNP pipoca greve em suas bases. O Sindipetro-RS também teve 100% no turno com 70%da administração. Em São José dos Campos, os Sindicato dos Petroleiros está em greve de 24 h também.

Apesar da pelegagem, a greve está se mostrando um grande sucesso. Os petroleiros avisam a Petrobrás: Não vamos ficar de braços cruzados com a fup! Queremos um ACT justo, digno, sem discriminação com o aposentado e reajuste real no salário base!

03/12/2009 - 05:48 - Imprensa Sindipetro-LP