terça-feira, 18 de agosto de 2009

Todos na Assembéia do dia 28/08 para dizer não ao desconto assistencial!!!!!!!!!

4 comentários:

  1. Companheiros, o sindipetro-nf já indicou um calendário de assembléias que prevê que estas ocorram entre os dias 22 a 25 nas plataformas e 26 e 27 nas bases de terra.

    Eis os indicativos do sindicato pelego:



    - Referendar a pauta de reivindicações aprovada na I PLENAFUP (Íntegra será disponibilizada no site do NF)
    - Referendar a FUP como negociadora do Acordo Coletivo 2009/2011
    - Autorizar a FUP a somente assinar o Acordo Coletivo com a retirada de todas as punições da greve de março de 2009
    - Referendar o Anteprojeto para uma nova Lei do Petróleo aprovado pelo Conselho Deliberativo da FUP (disponível em www.fup.org. br)
    - Aprovar o desconto assistencial de 2% do salário base apenas para petroleiros não sindicalizados, durante 04 meses, para a campanha "O Petróleo tem que ser nosso", sendo que 1% para as campanhas regionais (sindicatos) e 1% para a campanha nacional (FUP)
    - Autorizar a FUP a priorizar a campanha "O Petróleo tem que ser nosso"




    Há cláusulas absolutamente lesivas aos trabalhadores nessa pauta que a FUP propõe referendar. Aliás, todo o processo de negociação que está sendo conduzido pela federação pelega é lesivo. Os indicativos são um ataque à autonomia da classe. Propõem até desconto do salário de trabalhadores! Isso para viabilizar sua campanha governista do "petróleo tem que ser da Dilma 2010!". Com a maior cara de pau querem que a categoria referende a mal-caratice deles autorizando- os a priorizar a campanha governista em detrimento da luta por conquistas reais de direitos e salário para a categoria como um todo, incluindo trabalhadores diretos e terceirizados, da petrobras e de empresas privadas, que é a única coisa que pode garantir a reversão do processo de privatização que já existe.



    Porém, camaradas, o pior disso tudo é que podemos ter que ver esse bonde passar sem poder fazer quase nada pra impedir.

    As assembléias começam amanhã e NÃO HÁ UMA OPOSIÇÃO NO NORTE FLUMINENSE QUE POSSA ORIENTAR A CATEGORIA A REJEITAR O COLABORACIONISMO DA FUP, infelizmente.

    Não posso deixar de dizer que há responsáveis por isso: a política de “unidade” que os setores majoritários de “oposição” à FUP insistem em realizar criou as bases para que esse ataque à classe trabalhadora possa ocorrer incólume.

    Essa critica se faz necessária devido às decisões que deverão ser tomadas nesse momento. As tergiversações que até agora ocorreram em definir uma linha política da oposição no NF estão se configurando em imobilismo e reboquismo mesmo dos companheiros mais combativos. Estes, apesar do enorme mérito de estarem conseguindo construir as ricas reuniões da base de imbetiba, encontram-se sem linha definida frente as propostas governistas para a categoria. Não tem linha para propor aos colegas e nem mesmo linha para atuar conjuntamente. O fato é que posicionamentos equivocados durante o próximo período de assembléias comprometem os rumos da luta da categoria como um todo, mas também, e principalmente, o trabalho de organização de base desses companheiros. Ir a reboque da pauta governista macula os militantes combativos frente a categoria! Abster-se também! Não apresentar propostas de ação em momentos decisivos esvazia o sentido da organização de base! Não ter linha é a pior linha nesse momento.

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  2. Temos de ter claro que dos oportunistas e reboquistas por opção só podemos esperar intervenções desagregadoras de fato. Vão bradar pela “unidade” (que é unidade de cúpula) e assim impedir que se faça a real unidade (que é a unidade da categoria na oposição ao patronato e não colaborando com ele).

    Considerando tudo isso, proponho que a atuação dos militantes combativos nas assembléias se paute pelo seguinte:

    · Destacar todas as cláusulas lesivas da proposta de ACT e exigir amplo debate e votação destas em próxima assembléia.

    · Exigir que conste na proposta de ACT reivindicações que surjam das assembléias da categoria.

    · Afirmar a autonomia da base do NF, e de todas as outras bases do país – garantindo que os sindicatos só assinem o acordo se este for aprovado nas respectivas bases!

    · Exigir que o sindipetro-nf só INICIE as negociações após a REVERSÃO das punições, com as devidas reparações aos punidos e perseguidos.

    · Indicar a realização de movimento paredista (seja de PTs, atrasos nas bases, piquetes, parada de produção), pela reversão imediata das punições e fim das perseguições. Que este seja planejado para ser progressivo, ex.: parada de 1 dia na 1ª semana, 2 dias na 2ª, 3 dias na 3ª, etc.. até a empresa recuar de seu ataque imoral à organização legitima dos trabalhadores

    · Recusar o anteprojeto governista (nestes termos) e indicar, em contrapartida, que o sindicato elabore um documento exigindo do governo federal a incorporação de todos os trabalhadores terceirizados ao sistema petrobras e estatização de todas as empresas privadas que operam na exploração dos recursos minerais e energéticos do país.

    · Recusar o desconto anti-classista do salário dos trabalhadores para financiar os interesses do partido do governo.

    · Exigir que o sindipetro-nf e a FUP construam as pautas de reivindicações junto a categorias compostas majoritariamente por petroleiros terceirizados e apóiem materialmente as oposições sindicais das categorias terceirizadas que defendam essa unidade. Garantindo a unidade petroleira, os mesmos ganhos e direitos para diretos e terceirizados e inviabilizando na luta econômica do trabalho contra o capital o avanço da privatização.

    · Desautorizar a FUP a priorizar a Campanha governista e exigir a priorização da unificação das reivindicações da categoria petroleira com outras categorias, prioritariamente as dos trabalhadores da Vale, da Eletrobrás, de Furnas, etc. Centrando as mobilizações conjuntas na conquista de direitos e ganhos econômicos para os trabalhadores diretos, mas principalmente para os terceirizados, para inviabilizar e / ou reverter as privatizações. Tomando como método privilegiado a organização de piquetes e assim convidando todos os movimentos sociais a tomar parte desses.

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  3. É importante que tais pontos constem nas atas das assembléias de forma mais ou menos padronizada, para obrigar a direção do sindicato a levá-las em conta.

    Também é fundamental que a divulgação dessa linha de ação seja proposta por uma oposição identificável, a quem os trabalhadores possam contactar. Outra ação importante é indicar a formação de comissões de base para encaminhar as deliberações das assembléias e/ou orientar a eleição de delegados sindicais de base com mandatos imperativos para encaminhar as possíveis posições divergentes entre as assembléias e os indicativos da direção sindical. A oposição deve se por a disposição desses órgãos de base para auxiliar na organização de sua atuação conjunta para obrigar o sindicato a fazer valer as decisões da base.

    Acho que é desnecessário dizer que essa proposta só faz sentido se for massivamente divulgada e possa cumprir seu papel orientação da oposição classista e combativa à categoria

    Ressalto que essa proposta de atuação é emergencial, possivelmente há várias falhas, mas a centralidade na independência de classe, na combatividade e no anti-governismo é o intento dela e, portanto, o que deve ser aproveitado.

    Temos de ter em conta que a atuação dos governistas repentinamente “mobilizando” as categorias em “campanhas” disso ou daquilo outro não tem outro objetivo senão o de colaboração de classes e, assim, comprometer os trabalhadores com os interesses dos patrões (sejam eles identificados como capitalistas ou governantes) . Praticamente todos os indicativos da FUP tem caráter colaboracionista e por isso devemos combatê-los, convertê-los ao classismo. Com sua estratégia pelega a direção da FUP visa: 1) demonstrar controle sobre as categorias combativas, mostrando à burguesia que só Dilma pode garantir a conciliação; 2) desmontar as bases da resistência petroleira às investidas neoliberais que o PT planeja para os próximos 4 anos.

    Defender uma linha anti-governista é não só apresentar à categoria um caminho para as conquistas de verdade como também garantir a resistência de base para o que virá por ai. Volto a dizer: o reboquismo e a inação nesse momento em que os governistas se apresentam como “mobilizadores” podem jogar por terra qualquer trabalho militante sério, neste momento a pior linha é não ter linha!

    Saudações classistas,
    S.

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  4. Caro S., esqueci de colocar na ata da reunião passada que divulgamos as propostas que queremos incluir no próximo acordo coletivo. Acabei de publica-las no blog.

    Obrigada por lembrar!

    Sds,

    R.

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